Por Lauren Nicole Balaras-Rice
Em 2023, a maioria de nós no mundo ocidental tem acesso à educação e aos recursos gratuitos, agora mais do que nunca. Existe realmente alguma desculpa para não se educar mais sobre o veganismo e seus benefícios?
Os não-veganos costumam me perguntar o que me fez parar de comer animais mortos. É cansativo para mim ter que explicar por que não como animais ou produtos de origem animal, mas sinto que preciso canalizar essa energia para educar e inspirar.
Lembro-me de ter visto uma citação online que dizia “autocuidado também é escolher não se explicar demais ou discutir com pessoas que estão comprometidas em entendê-lo mal”. Vou me lembrar disso na próxima vez que os não-veganos vierem me importunar. Certamente há uma falta de conhecimento em torno do veganismo. É claramente um grande equívoco dizer que ter hábitos veganos de alguma forma significa ser “restritivo”, o que, na verdade, não poderia estar mais longe da verdade.
Aprendo muito lendo. Existem estatisticamente mais de 20.000 plantas comestíveis, mas os não-veganos comem os mesmos cinco animais mortos, alternando. Isso é muito mais “restritivo” na minha opinião. Estou tão feliz por ter me convertido ao veganismo porque é realmente algo pelo qual sinto muita paixão. Não faz muito sentido, para mim, ter passado por inúmeros cenários em que estive sentada ao redor de uma mesa de jantar e os não-veganos começaram a me criticar, quando estou apenas sentada, comendo e cuidando da minha vida, sem fazer nada. Prejudicando ninguém.
Pela minha experiência, essas pessoas tendem a ser muito mais velhas do que eu, às vezes (principalmente) com o dobro da minha idade. Embora eu me sinta atraída por pessoas mais velhas, não posso absolutamente colocar todos no mesmo lugar. Vale ressaltar que as gerações mais velhas apresentam condicionamentos mais extremos devido aos ensinamentos que vivenciaram enquanto cresciam. É provável que a maioria não esteja tão aberta a mudanças ou novas ideias. Amo os meus pais e avós, mas uma grande percentagem da sua geração não costuma questionar nada, eles ouvem as notícias e apenas acreditam.
Por exemplo na primavera de 1985, as empresas de tabaco começaram a anunciar cigarros como sendo benéficos para as mulheres grávidas… penso que todos podemos concordar que isso é errado. Um dos maiores mitos que as pessoas ainda acreditam até hoje é que “o leite fortalece os ossos”. Harvard provou que não há nenhuma correlação entre beber leite de vaca e fortalecer os ossos humanos. Esta foi apenas uma jogada publicitária da indústria de laticínios para vender seu produto.
Outro exemplo de mito na pecuária é que comer carne é viril… sugiro assistir ‘The Game Changers’, pois revela que as pessoas sofreram uma lavagem cerebral para acreditarem que obtêm sua proteína comendo frango. Este documentário destaca que o frango é simplesmente o intermediário, a proteína vem da planta que o frango come. Portanto, os veganos obtêm a proteína comendo diretamente as plantas – sem prejudicar e matar um animal no processo.
Só quero acrescentar que não fui criada como vegetariana ou vegana. Aprendi todos os mitos enquanto crescia e foi preciso desaprender e me reparar para poder me educar adequadamente e viver minha vida livre de crueldade, como faço agora. São os meios de comunicação social e a sociedade que influenciam e controlam fortemente como as pessoas pensam e se comportam. Mas quando você acorda, não há como retroceder, o futuro é vegano.
Sobre o autor
Lauren é professora certificada e treinadora de cura espiritual especializada em traumas e em lidar com estresse/depressão, ansiedade e esgotamento, bem como orientação sobre luto. Ela trabalha remotamente online e é apaixonada por veganismo, viagens e vida consciente.
Instagram: @healwithher222
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